segunda-feira, 25 de junho de 2012

Como cuidar de Orquídeas



Ao contrário do que muitos pensam, as orquídeas são plantas resistentes e não precisam ser tratadas com tantos cuidados. Reinaldo Ilaci, proprietário do Orquidário Paulista, comenta que, na verdade, o grande problema enfrentado pelas orquídeas é justamente o excesso de zelo, além da falta de conhecimentos sobre a espécie. Reinaldo lembra também que o cultivo é algo demorado e exige paciência. Conheça os cuidados básicos para garantir a saúde das suas orquídeas e flores todos os anos.
Como todas as plantas, a orquídea precisa de luz para fazer a fotossíntese e armazenar energia para se desenvolver. É preciso cuidar para garantir que ela receba quantidade de luz suficiente, mas sem exageros. Ronaldo Sabino, sócio-proprietário do orquidário Imirim, afirma que as orquídeas não devem ser expostas diretamente ao sol. Ilaci explica um truque para achar o lugar ideal para colocar as plantas. "Procure um lugar onde você se sente para ler um livro e se sinta bem. Sem muito vento, com uma boa luminosidade e sem ter os raios de sol incidindo diretamente na sua pele. Caso se sinta confortável, ali é o lugar ideal para manter as suas orquídeas", sugere o proprietário do Orquidário Paulista.
Sabino indica que a pessoa informe-se a respeito da espécie que está levando para casa ainda no momento da compra. O profissional que vende as plantas pode informar corretamente sobre o manejo, luminosidade e irrigação, porém, é preciso estar atento para que ele leve em conta as características do ambiente em que a orquídea ficará acondicionada. Veja na próxima página os cuidados que você deve ter em relação à irrigação.
A escolha do vaso que servirá de suporte para a orquídea também merece atenção, pois será responsável por armazenar ou dispersar a umidade das raízes. A principal causa de morte desse tipo de planta é proveniente da escolha incorreta do vaso, aliada ao excesso de água, o que resulta no apodrecimento das raízes. "Os vasos de plástico dificultam a aeração e evaporação da água, tornando o ambiente propício para o desenvolvimento de fungos e bactérias que prejudicam e podem até matar as plantas", orienta Reinaldo Ilaci. Os vasos de cerâmica com furos são uma boa opção, pois além de absorver parte da umidade ainda permitem que as raízes fiquem arejadas. Por esse motivo, Ronaldo Sabino aconselha a não usar terra e sim substratos próprios vendidos em casas especializadas e indicados para esse tipo de vegetal. Produzidos com fibra de coco, casca de pinus e carvão, vale lembrar que os substratos precisam estar tratados para evitar substâncias nocivas para a orquídea. Ilaci orienta que os pratinhos devem ser evitados no fundo das plantas, bem como prateleiras não vazadas, pois dificultam tanto a escoação da água como a aeração das raízes.
A quantidade de água varia de região para região. Reinaldo Ilaci explica que para saber se ela está precisando de mais água é só fazer o teste com roupas molhadas. Ao final do dia, se a roupa estiver seca, significa que o ambiente está mais seco, logo, a planta precisa de mais água. Caso a roupa esteja úmida, as regas devem ser mais espaçadas. Outra dica passada pelos especialistas é colocar o dedo no substrato para sentir através do tato se ele está seco ou úmido.
Um mito que segundo Reinaldo deve ser derrubado é em relação à quantidade de água a dar para as orquídeas antes de ir viajar. "Algumas pessoas encharcam o vaso pensando que quanto mais água, mais tempo ela vai durar. Errado. A planta sobrevive melhor com a falta de água do que com o excesso" explica Ilaci. A variação de temperatura com a mudança de estação também requer alguns cuidados. Sabino aconselha no calor e em regiões quentes molhar as orquídeas no final da tarde, enquanto no frio e em regiões frias as plantas devem ser molhadas mais cedo para evitar que a água acumule nas folhas, congele com a baixa temperatura e cause algum dano à planta.
Veja na próxima página como deve ser feita a troca de vaso, adubação e como cuidar da orquídea presa no tronco de árvores.
Para ajudar no crescimento e fortalecimento das orquídeas o mercado disponibiliza dois tipos de adubo, um para misturar na água e o outro para aplicação direta nas folhas. "No caso do adubo folear, o que absorve o estimulante são as folhas e não as raízes. Aplicar na base da orquídea pode ter efeito contrário ao desejado e até matar a planta", explica Reinaldo Ilaci. Os especialistas lembram que a orquídea saiu de uma incubadora, com temperatura, iluminação e umidade reguladas, para ser transportada em caminhões e ficar armazenada em refrigeradores com luz artificial. Isso causa um estresse muito grande na planta e se ela não for bem tratada e colocada em um lugar que atenda suas necessidades de crescimento, pode não resistir e definhar aos poucos.
É normal que as orquídeas compradas em supermercados ou até mesmo em floriculturas venham armazenadas em vasos de plástico devido ao custo e facilidade no transporte. Como não são ideais para suportar as plantas, devem ser trocados por outras opções, como o vaso de cerâmica. Porém, antes de realizar o replante, é preciso esperar cerca de um mês e meio a dois meses para que a planta se adapte ao novo ambiente e comece a se fortalecer. A troca por um vaso maior também requer cuidados na escolha. Reinaldo Ilaci comenta que não se pode trocar o vaso da orquídea por um muito maior que o anterior. Uma característica peculiar desse tipo de planta é que suas raízes precisam preencher todo o vaso e, quando a diferença de tamanho entre um e outro é muito grande, ela precisa de muita energia para conseguir expandir as suas raízes. "Ao contrário do que a maioria pensa, um vaso muito grande não vai ajudar a crescer mais. Pelo contrário, isso prejudica e pode até matar a planta", explica Reinaldo. Bulbo e folhas verdes não devem ser cortadas, restringindo a poda a folhas e hastes florais que já estão secas.
Prova de que esse tipo de planta não é tão sensível como se pensa é o fato de que as orquídeas podem desenvolver-se agarradas a troncos de árvores, sem depender de cuidados específicos. "Muitas vezes elas se desenvolvem melhor expostas ao tempo, agarradas em árvores, do que em um vaso dentro de casa", salienta Reinaldo. Para garantir que a planta se desenvolva bem é preciso que ela esteja presa firmemente junto à árvore. Reinaldo sugere que seja usado o fitilho de ráfia artificial, que se decompõe em aproximadamente seis meses e evita que com o crescer da árvore ela seja estrangulada. Ao amarrar a orquídea deve-se prestar atenção para que o fitilho fique preso entre uma folha e a outra, na parte lenhosa da planta. As regas devem continuar conforme a necessidade da planta até a sua completa enraização.
Agradecimentos:
http://bbel.uol.com.br/decoracao/post/como-cuidar-das-orquideas/page3.aspx

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